Qual a relação do coaching com a autoajuda?

Com a popularização do coaching no mercado de desenvolvimento pessoal, e especialmente por ser um modelo de trabalho bastante motivacional, uma confusão pode ser estabelecida ao comparar coaching com autoajuda.

É um prato cheio para muitas pessoas dispostas a criticar a atuação dos coaches sem nem mesmo conhecer com profundidade a metodologia – como se a própria autoajuda não tivesse um papel igualmente importante.

Neste artigo nós vamos discutir um pouco sobre o que difere os métodos do coaching do que existe disponível no mercado de autoajuda, situando a importância de cada disciplina e as suas diferenças.

A história e a autoajuda

O ser humano é um animal social, e a habilidade de criar planos, raciocinar e especialmente de usar esforços somados foram alguns dos grandes diferenciais que favoreceram a nossa ascensão das cavernas para se tornar a espécie dominante do planeta. E como saber isso é importante para entender o mercado de autoajuda? A verdade é que faz todo o sentido, se pensarmos que a evolução do mundo foi construída à várias mãos.

O próprio fato do ser humano ser um apreciador de histórias é um indício desta relação social, pois desde a pré-história nós aprendíamos truques e estratégias para sobreviver aprendendo com histórias de outras pessoas. A figura do professor e a relação da escola também aponta para a importância de ter alguém que lhe ensine algo de valor para a sua vida.

Então o que nós chamamos de autoajuda, na maioria dos casos, é simplesmente o uso do relato de vida de outras pessoas, que na maioria das vezes alcançaram os resultados que buscamos, para a construção de sua própria vida.

Então a autoajuda, em essência, é a manifestação de histórias pessoais que gerem aprendizados e modelos replicáveis para a vida de outras pessoas. O que torna a autoajuda criticável não está nas obras em si, mas sim na postura dos consumidores da autoajuda.

As pessoas leem centenas de livros de autoajuda na busca de um mesmo propósito para suas vidas, o que pode revelar alguns sintomas, como:

  • Percepção de desconexão entre um relato e outro;
  • Falta de fé na metodologia de um único livro;
  • Ansiedade por resultados que leva à um círculo vicioso de leitura sem prática;
  • Indisciplina para os pontos que não goste, o que motiva a procurar novos caminhos;

Então os livros não são vilões neste cenário, mas apenas relatos de vida que são transformados em métodos, como um guia para uma jornada já trilhada, e são uma oportunidade para aprender os passos das pessoas que tiveram resultados acima da média.

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Coaching é autoajuda?

Então chegamos ao coaching, que se trata de uma metodologia mista, que utiliza métodos e práticas de diversas ciências humanas para gerar transformações nas pessoas.

E uma das práticas mais básicas do coaching está justamente em desenvolver uma linha de raciocínio através de perguntas poderosas, que desencadeiem respostas pessoais para os problemas das pessoas.

Veja que a autoajuda tem o objetivo de transformar através do exemplo, enquanto o coaching tem o objetivo de descoberta, então o coaching não replica uma história, mas simplesmente encontra material humano dentro de cada pessoa para impulsionar os seus resultados.

E o impacto do coaching tem que ser altamente emocional, afinal as mudanças das pessoas se dão principalmente pelo caminho da emoção. Quando a emoção não muda, não existe força pessoal para gerar transformação.

Algumas pessoas estão prontas para o coaching, enquanto outras precisam ter a sua chama da mudança acesa antes de começar a perceber a necessidade de buscar algo mais, e é neste momento que o coach chega como um tratamento intensivo para a vida.

Então o mais importante sobre a pessoa que chega na frente de um coach é que ela precisa estar disposta a conduzir as mudanças necessárias para sua vida, e pagar o preço de promover estas mudanças, não apenas o preço financeiro, mas muitas vezes o preço emocional, de tempo ou de ação.

Coaching é uma ciência, com poder real de transformação – mas só é possível transformar quem deseja ser transformado.

O mercado da insatisfação

Talvez o maior ponto sobre coaching e autoajuda é a relação das duas práticas com o vazio existencial que a humanidade tem vivido.

As pessoas têm buscado mais propósito e valor para suas próprias vidas, enquanto uma parte da sociedade ainda acredita que as pessoas devem simplesmente aceitar a vida como ela é.

Existem transformações incríveis que as pessoas podem conduzir para suas vidas, e nós nascemos com o direito de buscar a felicidade – mas a acomodação em padrões tradicionais não é mais o padrão de felicidade para a maioria das pessoas, e cada um quer viver o seu modelo de vida ideal.

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Não há nada de errado em querer viver uma vida espetacular, e se um livro de autoajuda consegue disparar o gatilho que começa esta jornada, é um ótimo sinal.

O coaching caminha na mesma direção, mas não simplesmente inspirando através de uma história, mas ajudando as pessoas a conectar os pontos de sua vida, encontrando mais significado em sua própria história.

É interessante perceber, inclusive, que as pessoas que tiveram a ousadia de escrever a sua história no formato de autoajuda perceberam o valor de suas ações, e como elas criaram a realidade incrível que hoje elas vivem.

E existem centenas de outras pessoas tão bem-sucedidas quanto em suas vidas, porém o valor de sua história pessoal muitas vezes não foi percebido, ao ponto de se tornar mais um inspirador best-seller.

Quem sabe, se começarmos a olhar para nossa própria história, não possamos encontrar o poder de transformação que desejamos para começar a nossa própria revolução pessoal.

Para alguns, querer uma revolução pessoal pode soar absurdo, e para outros pode soar como a melhor ideia possível.

Para alguns a autoajuda será o caminho da libertação da mente, e para outros o coach será mais eficiente, com um formato direcionado para suas próprias demandas.

Tão importante quanto o método é a intenção de desejar transformar a sua vida, ter coragem para entrar em ação e colher resultados que lhe gere suas próprias boas histórias.

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