Tarefas de coaching

Conseguir as respostas a partir de sua própria verdade – este é um dos grandes objetivos de um processo de coaching, e os coaches são os especialistas em usar técnicas para que as pessoas encontrem o seu melhor caminho de realizar objetivos.

Durante um processo de coaching é essencial que o coachee tenha tarefas e pequenas missões para realizar e já começar a manifestar o avanço na direção do objetivo, ou até mesmo o objetivo completo. Agora, até que ponto o coach não deve interferir nas tarefas que o coachee define? Vamos desenvolver um pouco esta discussão neste artigo completo.

As tarefas no processo de coaching

É importante começar relembrando que o coach é um guia na jornada de realização de seus clientes, e então ele não deve conceder as respostas, mas apenas as perguntas que gerem as respostas necessárias para o coachee avançar.

Neste contexto as tarefas são uma etapa importante, afinal a jornada só acontece com a caminhada, passo após passo, e os passos não podem ser dados pelo coach, ele apenas mostra o caminho – por isso os coaches incentivam os clientes a definir suas próprias tarefas.

Agora, existem algumas situações que o coach pode perceber que a tarefa que o coachee definiu é muito leve, ou muito pesada – e neste quesito nós esbarramos em uma das grandes premissas do coaching: o não julgamento.

Não é função do coach julgar se a tarefa definida é pequena ou grande – são pontos de vista diferentes.

Para uma pessoa comum dirigir não é nada demais, mas para uma pessoa com fobia de trânsito o simples fato de sentar-se atrás do volante já é motivo para pânico, portanto o coach não deve julgar fácil ou difícil às tarefas – ele estaria julgando através da sua visão de mundo, e não do cliente.

Ainda assim, o cliente pode de fato estar colocando uma tarefa simples demais, como uma forma de não se sabotar, ou até mesmo tarefas densas demais para cair novamente na armadilha de culpar o mundo por seus fracassos, e ainda ganharia o álibi de dizer “está vendo, até coaching eu fiz e nada dá certo!”.

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Estrutura de tarefas

Então o coach pode precisar de uma estrutura diferenciada para lidar com a designação de tarefas de um coachee. O passo natural seria de deixar o coachee designar sua própria tarefa com a pergunta:

O que você pode fazer, daqui até a nossa próxima sessão, para dar um passo consistente na direção do seu objetivo?

Se o coach perceber que o cliente tirou o pé do acelerador na tarefa ou colocou muita intensidade, pode ser usada a seguinte metáfora para o cliente:

Imagine que esta questão da tarefa se trata de um jogo de videogame – e antes de começar a jogar você define qual é o nível de jogo que você quer enfrentar.

– Nível fácil é bem simples, é praticamente certeza que você vai realizar;

– Nível médio é um pouco mais intenso e desafiador, então jogar este nível de jogo comprova que você está muito comprometido e acima da média;

– Nível expert é o nível dos campeões, nível de competidor, aquele onde a realização é um grande feito, digno de muito orgulho pessoal;

Esta tarefa que você definiu agora está em que nível: Fácil, médio ou expert? Deixe o cliente se manifestar, e então o desafie a selecionar as outras duas intensidades de desafio. Caso determine que sua primeira escolha foi o médio, quais seriam os níveis fácil e expert?

Definidas as três intensidades de tarefas, relembre com o cliente:

“Legal, então vamos tomar como compromisso a tarefa média, que você definiu primeiro, e caso você veja que ela acabou sendo fácil, e tenha força para cumprir o nível expert, faça, é melhor para você! Caso perceba que o médio ainda está demais, faça ao menos o fácil, para ter certeza de que não está parado no mesmo lugar que chegou aqui!”

Colhendo os frutos

Na próxima sessão, faça o follow-up da tarefa, mas não questione se foi fácil ou difícil, deixe o cliente se manifestar, e caso tenha cumprido o determinado, parabenize-o.

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Se o cliente tiver feito um nível abaixo, peça que ele explique o que aprendeu no processo e como poderia ter feito melhor para cumprir o desafio proposto.

Caso ele faça um nível acima, faça uma festa – seu cliente foi merecedor de um ótimo parabéns, e talvez até um presente, como uma recompensa digital ou um bombom no atendimento presencial. Gerar a sensação de premiação por um esforço extra é uma boa prática.

Coaching é uma constante prática de imaginação e criatividade, tudo para extrairmos o melhor de nossos clientes, mantendo a ética e o conceito de não-julgamento.

E o melhor de tudo é ver o seu cliente avançando e feliz.

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